domingo, 4 de novembro de 2007

A princesinha e o sapinho (7)




Amendoins em bandeja de prata

Nunca, ou raramente, um louco admite que o está, seja de forma definitiva ou temporária.
Porque razão então, os apaixonados o admitem? E porque fazem eles na realidade tantas loucuras? Porque escreveu o poeta “ o amor é louco/ não façam pouco/ desta loucura/ talvez quem ria/ fique algum dia/ louco sem cura”?
Porque todas as pessoas independentemente do seu estatuto social, político, académico, cometem as mesmas loucuras de amor? Será o amor um vírus que ataca a capacidade mental e intelectual das pessoas?
Princesinha e sapinho foram apanhados pela loucura do amor, mas essa loucura não impede que tenham a racionalidade suficiente para não se afastarem demasiado dos comportamentos padrão intitucionalizados socialmente. Não é que isso lhes importe muito, no entanto também eles foram educados e cresceram dentro desses parâmetros.
Por vezes é bom, muito bom, subverter tudo isso, mas é importante ter a inteligência suficiente para não entrar em choque .... assim, sejamos loucos o mais que pudermos e façamos todas as loucuras possíveis e imaginárias, mas façamo-lo em privado.
Conversar, acarinhar, estar junto, olhar nos olhos e ler neles, não é nenhuma loucura e princesinha e sapinho sabem isso mas, como o amor apenas alimenta a alma, após algum tempo de contemplação mútua, apeteceria um lanchezinho como a qualquer outro comum mortal. Até aqui as loucuras podem acontecer se nada houver mais que... coisa nenhuma. Porque não saborear a único alimento disponível no momento naquele local? Amendoins!... Amendoins ao lanche? O mais simples dos alimentos pode tornar-se num manjar principesco se lhe forem adicionadas componentes de elevado significado para os comensais e a loucura pode parecer ainda maior se se tomar amendoins em bandeja de prata!!! De prata.... de ouro...de diamante ou de nada/tudo, com selo de eternidade!!!!!


A princesinha e o sapinho........................................... FIM


P.S. “Princesinha e sapinho” jamais terá fim

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